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Uma das grandes preocupações dos pais com os filhos são os problemas ortopédicos. Essas alterações podem impactar na forma de a criança andar ou praticar alguma atividade comum, por exemplo. Entretanto, são condições naturais e passageiras enquanto outras podem ser motivo de intervenção cirúrgica.
A ortopedista do Instituto Ferrer, Dra. Mariana Ferrer, falou sobre os principais problemas ortopédicos e seus impactos na saúde das crianças. Confira:
Problemas de marcha
Segundo a médica, a marcha de uma criança que está aprendendo a andar terá algumas alterações em comparação com um adulto. “Caminhar com os pés afastados, por exemplo, não é motivo de preocupação nos primeiros anos de vida, se caracterizando como um quadro de marcha com base alargada que se consertará naturalmente com o passar do tempo”, diz.
Porém, a Dra ressalta que quando as alterações no caminhar se manifestam em crianças mais crescidas, no entanto, é importante consultar um ortopedista. “O esperado é que a marcha se normalize por volta dos 4 ou 5 anos de idade, podendo demorar um pouco mais dependendo de cada criança”, comenta.
Andar na ponta dos pés
Outra questão que é comum nos primeiros anos de vida, mas que deve ser investigada a partir dos 2 ou 3 anos de idade, se a criança tiver o costume de andar assim o tempo inteiro. “Caminhar nas pontas dos pés por alguns momentos é natural para quem está aprendendo a andar, mas vale ficar atento à frequência”, recomenda.
Fraturas
As fraturas são alguns dos problemas mais recorrentes na infância, exigindo a atenção dos pais e a tomada de cuidados domésticos para serem evitadas. Os ossos das crianças apresentam algumas diferenças em relação aos dos adultos, por exemplo como as fraturas se manifestam e como são tratadas. “Nem todas as fraturas precisam de tratamento cirúrgico, a imobilização com gesso ou com talas pode ser suficiente na maioria dos casos”, diz a Dra. Mariana Ferrer.
Por isso, na visão dela, é importante se consultar com um especialista em tratamento infantil, pois ele conhecerá essas alterações e identificar questões que passariam despercebidas para outros ortopedistas.
Pés chatos e pés cavos
A ortopedista explica que os pés chatos são aqueles que não apresentam as curvaturas naturais dos pés, chamadas de arqueamento plantar. Sendo assim, as crianças têm os pés planos, e as suas solas encostam totalmente no chão ao caminhar. “Essa condição pode se resolver espontaneamente ou não causar nenhum tipo de prejuízo para a qualidade de vida, necessitando de tratamento apenas quando causa dor”, expõe.
Os pés cavos, por sua vez, se mostram de forma oposta ao primeiro caso, sendo que a curvatura dos pés é muito acentuada. “A alteração pode provocar dores em caminhadas longas ou prejudicar a prática de esportes, devendo ser tratada quando traz empecilhos para a criança e interfere no seu bem-estar”, informa.
Joelho valgo e joelho varo
É chamada de joelho valgo a condição quando a criança fica com os joelhos juntos quando os pés estão afastados, sendo uma condição que pode desaparecer entre os 4 e 6 anos de idade ou que pode precisar de intervenção. Por outro lado, os joelhos varos se tratam dos joelhos afastados quando os pés estão juntos, criando uma impressão de pernas arqueadas.
Segundo a especialista, essas questões podem se resolver sozinhas ou podem indicar algum problema, sendo importante prestar atenção e procurar um médico se houver dúvidas. “É necessário lembrar que o formato das pernas de uma criança pode passar por mudanças até os 6 anos de idade, sendo normal haver algumas alterações que não são danosas para a saúde”, destaca.
Pés virados
De acordo com a ortopedista do Instituto Ferrer, os pés virados para dentro ou para fora devem ser analisados por um profissional para investigar a existência de problemas ou confirmar que a condição mudará espontaneamente.
O ortopedista do Instituto Ferrer, Dr. Marcelo Ferrer, comentou sobre as características e complicações da lesão
A ortopedista do Instituto Ferrer, Dra. Mariana Ferrer, deu dicas de prevenção à lesões e também listou os benefícios do esporte
A ortopedista do Instituto Ferrer, Dra. Luciana Ferrer, afirma que grande parte das alternativas terapêuticas para essas lesões visa o alívio da dor e o controle da progressão da lesão.