Obesidade infantil pode provocar sérios riscos aos ossos e articulações das crianças

De acordo com pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil uma a cada três crianças de até 12 anos está acima do peso. Diabetes, pressão alta e problemas no coração são algumas das principais consequências. Porém, o excesso de peso também pode prejudicar os ossos e articulações dos pequenos.

A ortopedista do Instituto Ferrer, Dra. Mariana Ferrer, comenta que uma criança obesa pode ter doenças nos joelhos ou costas que só deveriam aparecer na velhice. Ela destaca algumas dessas dificuldades que podem aparecer e comprometer a qualidade de vida. “A obesidade infantil é resultado de uma série de fatores genéticos e comportamentais. Além disso, outros motivos que podem contribuir são a nutrição inadequada da mãe na gestação, aleitamento materno de curta duração e introdução de alimentos de forma inadequada”, explica.

Outro estudo do Ministério da Saúde, de 2019, apontou que o índice de sobrepeso em crianças brasileiras é de mais de 16%, a obesidade está na casa dos 9,30% e a obesidade grave ultrapassa os 5%. A Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), divulgada pelo Ministério da Saúde em 2018, apontou que a obesidade afeta 20% de toda a população brasileira.

A médica reforça que a obesidade é, sim, um problema de saúde pública não só no Brasil, mas em todo o mundo. Entretanto, no caso das crianças, as famílias têm grande responsabilidade na mudança de hábitos, seja pelo hábito da alimentação saudável ou pela prática de exercícios físicos. “Os pequenos não têm autonomia para comprar os alimentos que serão consumidos em casa. Portanto, os pais precisam ser o exemplo”, garante.

A ortopedista do Instituto Ferrer, Dra. Mariana Ferrer, deixou algumas dicas de prevenção à obesidade infantil para os pais. Confira:

  • Evite precocemente alimentos sem suporte nutricional, como açúcares; 
  • Estimule a prática física desde cedo, para que sejam realizadas de forma prazerosa e natural; 
  • Estimule hábitos saudáveis à mesa, sem a utilização de aparelhos eletrônicos;
  • Respeite a saciedade da criança; 
  • Estimule um tempo maior para a refeição; 
  • Evite o excesso de líquidos no momento da refeição, principalmente aqueles que não têm suporte nutricional; 
  • Evite o consumo excessivo de alimentos como frituras, bebidas calóricas, e processados.