Fraturas do cotovelo são comuns em crianças e podem apresentar diferentes níveis de gravidade

Em crianças, as fraturas do cotovelo são lesões bastante comuns e podem apresentar diferentes níveis de gravidade. Por isso, é importante identificar essa intensidade para não gerar problemas futuros para as crianças e adolescentes. 

De acordo com a ortopedista do Instituto Ferrer, Dra. Mariana Ferrer, geralmente essas lesões ocorrem por traumas de baixa intensidade, como quedas da própria altura durante prática esportiva e demais atividades recreacionais. “Muitas vezes a criança apoia o membro superior no solo para proteger-se de uma queda e a energia do trauma dissipa-se por um dos ossos do cotovelo. É isso que causa  a fratura”, afirma.

Os sinais clínicos e sintomas podem variar de acordo com o osso acometido e a gravidade da fratura. “Em alguns casos, os sinais são discretos e podem passar despercebidos pelos pais durante horas ou dias”, destaca a médica. 

A profissional diz que em boa parte das vezes existe edema na área do osso fraturado, dor à palpação e dor à movimentação do cotovelo. Em fraturas menos desviadas, a criança pode ter pouca limitação do movimento do cotovelo, retardando o diagnóstico.

Nas fraturas mais graves, além da dor e edema, existe uma deformidade aparente do cotovelo, com perda do contorno normal da articulação. De acordo com a Dra. Ferrer, os principais fundamentos para o diagnóstico são a avaliação clínica por um médico ortopedista e radiografias adequadas. 

“Frequentemente existe dúvida por parte dos pais se a criança deve ser levada ao consultório. Em geral, recomenda-se que qualquer trauma seguido de dor persistente deve ser avaliado por um médico. É importante que a identificação do osso acometido e o grau do desvio sejam precisos, pois definem o tratamento. Também deve ser descartada a presença de outras fraturas”, recomenda a ortopedista.

A médica afirma que os principais fatores que determinam o tratamento são o tipo de fratura, o desvio e a idade da criança. Para cada tipo de fratura, aceitam-se graus variados de desvio e tempos variáveis de imobilização. Muitas fraturas do cotovelo de crianças não apresentam desvios ou apresentam desvios leves, que não levam a déficits funcionais, e podem ser tratadas de forma não cirúrgica.

Tipos mais comuns de fraturas

De acordo com a Dra. Mariana Ferrer, o cotovelo é uma articulação formada por 3 ossos, Úmero, Rádio e Ulna, e qualquer um deles pode ser fraturado isoladamente ou podem existir associações. Os tipos mais comuns são:

  • Fratura supracondiliana do úmero.
  • Fratura da cabeça do rádio.
  • Fratura do epicôndilo medial.
  • Fratura do côndilo lateral.