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O pé torto congênito (PTC) é uma das deformidades mais comuns nos membros inferiores ao nascimento. Sua causa e os possíveis tratamentos podem variar de acordo com cada caso.
O sexo masculino é duas vezes mais atingido pela patologia. De acordo com a Revista Brasileira de Ortopedia, pode acometer os dois pés em 50% dos casos. Nas ocorrências unilaterais, o lado atingido mais frequentemente é o da direita. A deformidade no PTC é resultado do mau alinhamento dos ossos, alteração da conformação óssea e concomitante retração das partes moles.
O tratamento mais utilizado é o método de Ponseti, que consiste em trocas de gesso semanais e uma cirurgia de liberação do tendão e correção do pé torto. De acordo com a ortopedista pediátrica do Instituto Ferrer, Mariana Ferrer, este método é eficaz para o tratamento de quase todos os tipos de pés tortos congênitos.
“Na maioria dos casos é necessária a tenotomia do tendão de Aquiles. Após a correção, o paciente usará órtese de abdução dos pés sob orientação do ortopedista pediátrico. É importante que o tratamento seja iniciado cedo e seguido corretamente para evitar recidivas do pé torto congênito”, garante a médica.
O objetivo do tratamento é obter um pé funcional, sem dor, que permita andar e caminhar com a sola do pé plana no chão. O método Ponseti também exige que a família esteja altamente empenhada para que o tratamento obtenha resultados eficazes.
O PTC é amplamente classificado em dois grandes grupos. O pé torto congênito isolado (ou idiopático) é a forma mais comum da deformidade e ocorre em crianças que não têm outros problemas médicos. Já o pé torto não isolado ocorre em combinação com várias condições de saúde ou distúrbios neuromusculares, como artrogripose e espinha bífida.
A ortopedista esclarece que não há causa definida para o PTC. “A teoria mais amplamente aceita é que é causado por uma combinação de fatores genéticos e ambientais. Existe um risco aumentado em famílias com histórico de PTC”, conclui.
A ortopedista do Instituto Ferrer, Dra. Luciana Ferrer, afirma que grande parte das alternativas terapêuticas para essas lesões visa o alívio da dor e o controle da progressão da lesão.
Campanha será realizada no período de 6 a 31 de agosto para vacinar crianças a partir de 1 ano e menores de 5 anos.
O ortopedista do Instituto Ferrer, Dr. Marcelo Ferrer, comentou sobre as características e complicações da lesão