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O herpes-zóster (HZ), também conhecido como “cobreiro”, é uma erupção cutânea dolorosa que se manifesta em forma de pequenas bolhas. Essa doença surge quando o vírus da catapora é reativado, já que ele pode ficar por anos silencioso no organismo. A alteração na pele pode, inclusive, provocar dores na coluna.
A doença atinge principalmente os mais velhos, que têm baixa imunidade. De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), no Brasil, mais de 90% dos adultos tiveram catapora e podem desenvolver HZ. Já nos EUA, estima-se que 1 milhão de casos sejam registrados por ano. Ou seja, 1 em cada três americanos desenvolve a patologia ao longo da vida.
De acordo com o ortopedista do Instituto Ferrer, Dr. Luciano Ferrer, quanto maior a expectativa de vida da pessoa, maior é o risco do HZ e suas complicações como a neuralgia pós-herpética (NPH), que causa dor crônica e pode levar à incapacidade. “Por isso, é essencial a atenção ao envelhecimento saudável, com cuidados preventivos que devem ter início o mais cedo possível. A prevenção pode ajudar muitas pessoas a permanecerem ativas na terceira idade. Ela é feita com uma vacina que limita o HZ e suas complicações debilitantes”, explica.
Quanto mais grave o quadro agudo, maior a chance de que evolua para a NPH. “A dor é uma das principais características do herpes-zóster e pode surgir antes das erupções na pele. Esses sintomas costumam evoluir para a cura em poucas semanas, entretanto, mesmo após a cicatrização das lesões, a dor crônica chamada neuralgia pós-herpética (NPH) pode persistir por meses e até anos”, garante o ortopedista.
Segundo dados do Centers for Disease for Control and Prevention (CDC), 7 em cada 10 casos ocorrem em maiores de 50 anos, 5 em cada 10 pessoas com mais de 80 anos desenvolvem a doença e 5 em cada 10 pessoas com mais de 60 anos apresentaram lesões graves durante o quadro agudo.
Um estudo com 146 brasileiros com HZ e média de idade de 69 anos apontou que 54% tiveram dor antes do aparecimento de lesões na pele, 91% tiveram dor durante quadro agudo com lesões na pele e 54% apresentaram neuralgia pós-herpética.
De acordo com o Dr. Luciano, a dor do quadro agudo do herpes-zóster e a dor causada pela NPH afetam diretamente a qualidade de vida do paciente e muitas vezes provoca o aumento nos custos dos cuidados com a saúde. A dor pode comprometer a capacidade física, funcional e social.
Ele também analisa a gravidade da neuralgia pós-herpética: “Pode comprometer atividades básicas e essenciais como se vestir, tomar banho, trabalhar, realizar atividades físicas, viajar, fazer compras, cozinhar e cuidar da casa. Prejudica consideravelmente a capacidade funcional e, em alguns casos, deixa a pessoa inativa e presa ao seu domicílio”, conclui.
Dor persistente
A National Foundation for Infectious Diseases (NFID) aponta que, em média, a dor causada por NPH dura aproximadamente 3,3 anos. Os períodos mais curtos são de três meses e os mais longos podem chegar até 10 anos. Este estudo foi feito com pacientes com idade igual ou maior a 65 anos.
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