Qual a relação entre osteoporose e fraturas no quadril?

A osteoporose é uma doença do esqueleto caracterizada pelo comprometimento da resistência e da qualidade óssea da pessoa, o que aumenta o risco de fraturas. As lesões no quadril são as mais graves e acontecem nas fases mais tardias da patologia. O Ministério da Saúde aponta que 10 milhões de brasileiros são afetados pela doença.

Segundo o ortopedista do Instituto Ferrer, Dr. Marcelo Ferrer, essa é uma patologia insidiosa que pode evoluir durante muitos anos sem ocorrer qualquer sintoma. “A doença é assintomática, a não ser que aconteça uma fratura. As mais comuns são por compressão vertebral, do punho, da bacia e da extremidade proximal do fêmur, o quadril”, comenta.

O médico aponta que a osteoporose pode ser fatal para um idoso. “Boa parte das internações de idosos por traumas, em pronto-socorros, ocorrem devido à fratura de quadril e a maioria deles é capaz de andar sozinha, sem o auxílio de andadores”, diz o Dr. Marcelo Ferrer.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as fraturas do fêmur proximal são um importante problema de saúde pública no Brasil e demais países no mundo. Os ossos do corpo humano acumulam massa óssea até os 30 anos de idade. Depois desse período, é perdido 0,3% dessa massa ao ano. “É um processo natural, entretanto, pode ser amenizado com uma alimentação rica em cálcio, exercícios físicos e banhos de sol nos horários saudáveis”, garante o ortopedista.

Dados da Federação Internacional da Osteoporose (IOF) apontam que por todo planeta, uma em cada três mulheres com mais de 50 anos vai sofrer fraturas osteoporóticas, assim como um em cada cinco homens com mais de 50 anos. Calcula-se que a doença afete 200 milhões de mulheres mundialmente e os números apontam que 50% das mulheres com mais de 75 anos pode ter alguma fratura osteoporótica. Em homens, esse índice cai pela metade.

A osteoporose pode ser diagnosticada com precisão e precocemente por meio de um exame de fácil realização, indolor e de alta precisão chamado densitometria óssea. “Enquanto com o raio X podemos detectar a osteoporose somente quando já há perda de 30% da massa óssea, com esse exame podemos detectá-la quando há perda de menos de 1%”, explica o ortopedista.

O principal objetivo do tratamento da doença é a prevenção, já que a reversão da osteoporose estabelecida ainda não é possível. “Porém uma intervenção clínica precoce poderá prevenir a doença na maior parte dos indivíduos e a intervenção clínica tardia poderá diminuir a piora de um quadro osteoporótico já estabelecido”, conclui Marcelo Ferrer.