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Alcoolismo, gota, sequelas de trauma, anemia falciforme ou até mesmo o uso de corticoides podem estar relacionados com a perda de mobilidade, causada pela osteonecrose da cabeça femoral. A patologia atinge principalmente o sexo masculino e, em boa parte dos casos, acomete os dois lados do quadril do paciente.
A doença é causada por um distúrbio na circulação do sangue na cabeça do fêmur e atinge principalmente adultos de 30 a 50 anos. De acordo com o ortopedista do Instituto Ferrer, Dr. Marcelo Ferrer, a osteonecrose pode causar a incapacidade por causa da necrose e artrose secundária que prejudica a articulação.
“O paciente pode sentir dores na região da virilha, como também na região interna da coxa e joelho. Além disso, ele também pode perder a mobilidade do quadril. Atividades simples como calçar sapatos, amarrar cadarços ou cortar unhas dos pés se tornam ainda mais difíceis nestes casos”.
O ortopedista também chamou a atenção para a evolução da doença. “A cabeça femoral vai necrosando, morrendo. Quando a osteonecrose progride, ocorre o desabamento da cabeça femoral. Assim, a cartilagem articular que está sob o osso perde a sustentação até o completo desaparecimento”, explica.
Entretanto, o Dr. Marcelo Ferrer também indica que em alguns casos a patologia se mantém estável e evolui lentamente. “Em casos assim os sintomas são bem mais leves ou até mesmo inexistentes por um longo período de tempo”, comenta.
Os tratamentos para a patologia podem ser divididos entre conservadores e cirúrgicos. O método conservador consiste na orientação e adaptação do paciente às limitações da doença. “É necessário alterar os hábitos de vida, realizando atividades sem impacto de fortalecimento e alongamento da musculatura do quadril e dos membros inferiores. A perda de peso e o uso de muletas também podem ser indicados em casos de dores fortes”, garante a ortopedista. Os medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios também são indicados para as dores.
Já o tratamento cirúrgico pode ser realizado de diferentes formas. “O tipo de procedimento a ser conduzido deve ser individualizado, de acordo com as características de cada pessoa como a idade, atividade do paciente, amplitude de movimentos, etiologia da doença, entre outras”, completa Dr. Marcelo Ferrer.
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