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A hérnia de disco acontece principalmente na região lombar e é uma das patologias que mais provoca dores nas costas e mudanças na sensibilidade da perna, coxa e pé. Um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) feito no fim de 2018 apontou que 5,4 milhões de pessoas sofrem com este problema no país.
De acordo com a ortopedista do Instituto Ferrer, Dra. Luciana Ferrer, a lesão pode ter várias causas. Geralmente a predisposição genética é a maior delas, seguida do envelhecimento, falta ou excesso de atividade física e até mesmo o tabagismo, já que o cigarro acelera o desgaste do disco.
“Temos também outras causas, como a atividade de trabalho que exigem esforço, ou até mesmo causas traumáticas, como acidentes e quedas”, completa. A hérnia de disco afeta geralmente de 5 a 20 pessoas a cada 1.000, principalmente com a idade entre 20 e 49 anos.
O disco é uma estrutura cartilaginosa presente entre duas vértebras e funciona como amortecedor para absorver o impacto da movimentação do corpo. Quando acontece alguma alteração nesse sistema de amortecimento, o núcleo pulposo ou algum fragmento se desloca do seu interior e forma a hérnia, provocando um processo inflamatório agudo e causando muita dor.
“É aquela dor que se inicia na região da coluna lombar, passando pelas nádegas, indo para região posterior da coxa, lateral da perna e pode chegar até a sola do pé. Pode ocorrer em qualquer local da coluna, mas é mais comum na lombar e na cervical”, comenta a médica.
O tratamento conservador é utilizado para a maioria dos casos de hérnia de disco em que há um bom controle da dor e pouca limitação das atividades diárias. Ele pode incluir medicações para controle da dor, repouso na fase aguda, quando a dor é intensa, fisioterapia, mudanças de hábitos de vida e boa alimentação.
Já a infiltração na coluna, também conhecida como bloqueio anestésico, é realizada para aliviar a dor e dar mais conforto aos movimentos do paciente. O procedimento é realizado sob sedação simples em ambiente apropriado e a sua vantagem é a agilidade.
Já o tratamento cirúrgico é destinado a pessoas que tenham alto grau de limitação das atividades diárias e dor intensa e não responsiva aos demais tratamentos. Os tipos de cirurgia são vários, mas os principais são discectomia ou descompressão. “O objetivo das cirurgias é aliviar a pressão sobre o nervo, melhorando a dor e outros sintomas, como dormência e perda de força do membro”, completa Luciana Ferrer.
A ortopedista também deu algumas dicas de prevenção à hérnia de disco. Confira:
– evitar pegar peso excessivo;
– cuidados com movimento de flexão do tronco, pois aumenta a pressão do disco;
– manter a musculatura fortalecida e alongada com exercícios de rotina;
– evitar a obesidade;
– cuidados com postura; e
– evitar o tabagismo (cigarro).
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